02/02/2014

Eu não sei mesmo. Cada vez as coisas parecem mais esquisitas. Olho para as pessoas e já não as vejo como via antes. Estranha a sensação de olhar para uma pessoa que tem nojo de nós sem nós termos feito algo de tamanho enorme para que a raiva e o nojo fossem tanto. Eu gosto das pessoas. Demasiado, deixo-me prender bastante quando gosto delas e elas dão-me facadas em tudo o que é lugar e mandam as culpas todas para nós. A culpa não é só nossa, apesar de eu achar que a culpa é minha inteiramente mas por milésimas ter um pouco de noção e já não achar que é assim. O que mais me entristece é as pessoas por quem dei tudo, pus de parte o egoísmo e pensei mais nelas do que em mim, dizerem a outras pessoas que eu só tenho capacidade de olhar para o meu próprio nariz. Não é verdade, não senhor. Eu preocupo-me com as pessoas à minha volta. Ao contrário de mim há pessoas que pensam que o mundo gira à volta delas, quando não gira. Vocês acreditam que eu já tenho medo de falar? Cada palavra que digo serve para ser julgada. Estão a ver este texto? "Estou a fazer-me de vítima." Como "sempre faço". As pessoas acham que eu desabafo com os outros para esses outros odiarem essa pessoa? Não o faço. Mas elas estão tão centradas nelas e com tanto rancor que se esquecem que há vida para lá da vida delas. Chego a pensar que sou odiada por pessoas que me são imenso, eu basicamente não penso, eu tenho quase a certeza que é isso que elas sentem. Sou tão ingénua. Tão burra, e idiota. Às vezes tenho nojo de mim própria, e sim eu disse nojo. A palavra que antes referida como uma palavra tão forte. Mas é o que eu sinto, e infelizmente não sei quando isto vai passar. Porque desabafar já não faz bem, chorar já não faz bem. A única coisa que faz bem é ignorar e ser feliz, porque as coisas que mais irritam a uma pessoa a quem nós irritamos é mostrar-lhe o quanto nos estamos nas tintas para a opinião dela. E é assim mesmo que tem de ser.

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