24/03/2015

Rajadas de vento impedem o meu sono, enquanto a minha ansiedade também. O som deste assobiar nas janelas destas quatro paredes frias e de norte fazem-me ficar congelada em pensamentos. Para estar na companhia da madrugada quer dizer que posso finalmente descansar. Tão bom que é descansar, ter tempo para mim, não me sentir uma inutilidade ambulante juntamente com o cansaço físico e psicológico. Ui, qual destes o pior? O cansaço psicológico trata-se de um cansaço onde a capacidade de nos conseguirmos concentrar é nula, onde só precisamos de algum descanso mental para não nos sentirmos presos. Presos em pensamentos, em preocupações quotidianas e stress matinal. Apanhar um meio de transporte, andar para aquela instalação educativa, gramar horas e horas de conversa educacional, supostamente que nos vai servir para a vida. Há coisas tão inutilmente importantes. Devíamos hierarquizar um papel com tópicos daquilo que nos vai realmente ajudar na vida. Acho que nem uma folha A4 consigo preencher. O físico? Esse resolve-se com umas horas de sono, com uma tarde de inutilidade, onde consigamos ouvir o som daquele aparelho que tanto fala com vozes tão diferentes. Sempre me disseram que eu me conseguia expressar bem mas torna-se cada vez mais difícil. Talvez sejam os monstros, os monstros dentro da minha garganta. Explícito demais?

08/11/2014

palavras com (sem) sentido - ?

A escrita é a melhor forma de conseguir exprimir o que sinto. E mesmo assim, não chega. Acho que na minha vida, nada chega para agradar. Os outros. Os outros. Sempre os outros. Porque nós pessoas vivemos para agradar os outros e apenas vivemos para isso. E esquecemos-nos de nos agradar a nós mesmos, o que é bastante fundamental para uma boa auto-estima. Desde o "tempo quente", dos dias compridos e das saídas tenho perdido um pouco disso. Talvez tenha sido das palavras, das atitudes, das disputas. Estou motivada para conseguir ser uma pessoa melhor em termos de coisas que me possam dar um futuro e não ter essa auto-estima está a tirar-me essas oportunidades de ser melhor. Não gosto de dizer palavras explicitas. Gosto de dar longas frases e fazer os meus leitores perceberem o que quero dizer com isso. Gosto de mistério. Gosto de surpresas, gosto do que me faça sentir bem comigo mesma e, oh, como eu gosto de escrever! Há uns dias perguntei à minha mãe se ela tinha algum tipo de papel com capa que me pudesse dar para eu me expressar, que pudesse andar comigo, na minha mala de ombro, para que pudesse usá-lo sempre que sentisse a necessidade de o fazer. Pois, que agora, tenho sentido essa necessidade. E faz tão bem, um café com leite quente, uma caneta e uma borracha inútil, uma folha de papel e uma música silenciosa que me faz pensar. De repente, algo interrompeu a minha música, por algum tipo de quê? (publicidade). Lá estou eu a divagar! Acho que o que mais marca a minha escrita, (como se eu me pudesse considerar uma escritora, que ingénua!) é divagar tanto e perder bem o nexo da minha ideia. Ela está cá, mas acho importante explicar pormenores que possam fazer uma melhor e maior compreensão. Ainda há bocado estava a falar de auto-estima e creio que não me fiz entender bem. O que eu queria fazer entende era a auto-estima interior, sobre as nossas capacidades e não sobre o nosso físico, porque esse, a mim importa-me mas não me preocupa! Sem dúvida que vou continuar estes desabafos numa folha de papel porque é tão melhor pegar numa caneta e escrever. Deixar a nossa mão conduzir a nossa ideia e traçar assim o que queremos explicar. Espero que a minha mão tenha conduzido as teclas deste computador. Oh, disse computador, que palavra explícita, não acham?