10/10/2011
viva por fora, morta por dentro.
Ás vezes, apetece-me adormecer e não voltar a acordar, pensar que as coisas más não aconteceram, que foi tudo um pesadelo. Ficar no quentinho dos lençóis, a olhar para a janela, e ouvir os pássaros a cantar logo de manhã, sentir que o mundo lá fora não está perto de mim. Ao menos quando durmo não penso nos problemas que me rodeiam, que me assombram. E em vez disso vou para fora dos meus lençóis, enfrentar tudo e todos, em que todos os dias, acontece alguma coisa, normalmente negativa, normalmente as minhas novidades são negativas, gostava que pelo menos uma vez acontecesse algo positivo. Mas muito sinceramente? Acho que não vai ser possível, aliás, só de pensar que a culpa é minha, que eu fiz essa tua infelicidade, esse teu desejo de ir embora, percorrem-me arrepios por todas as partes do corpo. Essa tua tristeza, tão deprimente, tão deprimente que me punha no mesmo estado, essa tristeza parecia uma peste, uma peste que me esmagava o coração, o meu e o teu. Um pensamento terrível, que não me saía da cabeça, dentro de uma sala, com vinte e tal pessoas, onde me afogava de calor, a pensar que não estava a rir-me contigo, que não me estava a divertir contigo, mas mesmo assim, não saías da minha cabeça. Eu queria acreditar que ia ficar tudo bem, mas isso cada vez me parecia mais impossível, mais difícil de acontecer. Acredita que quanto mais sofres, eu sinto-o na minha própria carne, pele o que seja. Tenho este pensamento, e penso que estes jogos psicológicos me matam por dentro cada vez mais, e mais. Afogo-me em lágrimas, a pensar que te vou perder, coisa essa a coisa mais impossível de acreditar no mundo inteiro. Que sofrimento.
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Ainda bem que gostas-te (:
ResponderEliminarobrigada!
ResponderEliminaridentifico-me imenso com este teu texto <3